quarta-feira, 25 de junho de 2014

PAN Almada na Feira das Associações Jovens de Almada (FAJA)

O PAN Almada marcou presença na edição da Feira das Associações Jovens de Almada (FAJA) deste ano, 21 de junho de 2014, através de uma banca institucional e participação com duas acções: Debate “Aproveitamento do potencial ambiental e natural de Almada em benefício da qualidade de vida de todos os seres vivos” e com uma ação de Sensibilização “Alterações climáticas: qual a influência direta que temos e o que poderemos fazer para reduzir o nosso impacto”.

Não obstante as intempéries que forçaram a algumas alterações de logistica, nomeadamente dos espaços previstos para a instalação das bancas e das acções, consideramos que foi uma oportunidade enriquecedora que nos permitiu dar a conhecer o PAN bem como as suas acções.

Uma parte da equipa que tanto trabalhou para tornar este evento possível.
Célia Feijão, André Nunes, Vanessa Furtado, Alexandra Correia e Alexandre Guerreiro

A despertar curiosidade
A nossa banca trabalhou bastante
Participação do PAN Almada na Rádio +XL


Durante o evento demos a provar algumas iguarias vegetarianas da ‘The Love Food’, doces e salgados, que desmistificaram muitos preconceitos.

Iguarias doces
Iguarias salgadas

sexta-feira, 20 de junho de 2014

PAN Almada participa na Feira das Associações Jovens de Almada


O PAN Almada marcará presença, através de uma banca institucional, na Feira das Associações Jovens de Almada, que terá lugar este sábado, dia 21 de junho, entre as 11h e as 19h, no Parque Urbano da Costa da Caparica. 

A Feira das Associações Jovens de Almada (FAJA) tem como principal objetivo dar a conhecer as associações do Concelho que, dinamizando atividades nas mais variadas áreas, desenvolvem um trabalho de cidadania de reconhecido mérito tendo os jovens como protagonistas.

Para além da presença no evento com uma banca institucional, o PAN Almada participará, pelas 16h30, num debate com a Juventude Socialista, subordinado ao tema “ Aproveitamento do potencial ambiental e natural de Almada em benefício da qualidade de vida de todos os seres vivos”. Mais tarde, pelas 18 horas, o PAN Almada promoverá uma ação de sensibilização com o mote “Alterações Climáticas: qual é a nossa influência direta e o que podemos fazer para reduzir o nosso impacto”. 

Para além das iniciativas de cariz educativo e de sensibilização, a FAJA contará com diversas atividades lúdicas de música e dança bem como atividades desportivas. A entrada na FAJA é livre e gratuita.

Venha participar nas várias atividades que se irão desenvolver ao longo do dia. Visite a FAJA, a banca do PAN Almada e associe-se à animação! 


Consulte aqui o programa completo da FAJA.






segunda-feira, 16 de junho de 2014

Superar a barreira da espécie

O especismo é uma forma de discriminação que se centra na espécie e na convicção de que a espécie humana é mais importante e valiosa do que todas as outras. Trata-se de uma discriminação que, tal como o racismo, que discrimina com base numa etnia, ou o sexismo, que discrimina com base no sexo, evidencia um preconceito injustificável. 
A maior parte das pessoas é especista sem o saber – o próprio termo, apesar de já ter mais de quarenta anos, só agora começa a ser mais difundido – e é normal que assim seja, visto que somos formatados desde pequenos a pensar que o Homem é o centro do universo e que tudo o que existe à sua volta foi pensado e concebido para ser propriedade sua. Não é de estranhar, portanto, que características como a racionalidade ou a proficiência linguística sirvam, simultaneamente, como justificação e factor legitimador da exploração de animais pelo Homem. De resto, é inegável que tais características são uma realidade – embora se saiba hoje que não são exclusivas da espécie humana – sendo que a questão central que se deve colocar é se as mesmas justificam, por si só, a superioridade que o preconceito do especismo comporta. Felizmente são cada vez mais as pessoas que afirmam que não!
A 7 de Julho de 2012, um grupo internacional de neurocientistas, neurofarmacologistas, neurofisiologistas, neuroanatomistas e neurocientistas computacionais cognitivos, entre os quais Stephen Hawking, reuniu-se na Universidade de Cambridge para reavaliar os substratos neurobiológicos da experiência consciente e comportamentos relacionados em animais humanos e não humanos. Da dita reunião resultou uma declaração (a Declaração de Cambridge) que haveria de ficar célebre: “Consequentemente, o peso das evidências indica que os humanos não são os únicos a possuir os substratos neurológicos que geram a consciência. Animais não humanos, incluindo todos os mamíferos e as aves, e muitas outras criaturas, incluindo polvos, também possuem esses substratos neurológicos”.
Mas então, como se manifesta o especismo? De várias maneiras, tantas que não é possível enumerá-las a todas nesta sede. Algumas das mais flagrantes resultam de acções do quotidiano, como seja alimentarmo-nos, vestirmo-nos, divertirmo-nos. Desde animais explorados pelo seu corpo e pelo que produzem na alimentação e vestuário, até animais torturados em todo o tipo de testes tendo em vista a obtenção de produtos – grande parte dos quais supérfluos, – passando pela exploração de animais para divertimento dos humanos, como sejam os circos ou os espectáculos tauromáquicos, cada vez mais rejeitados pela população.
Numa época em que a informação está à disposição de um clique e nos chega de forma muito mais rápida, podendo nós próprios fazer a triagem do que queremos ver, ler e ouvir, bastará que tenhamos disponibilidade para questionar o que até aqui temos como garantido para concluirmos pela necessidade de mudança. Isto porque, sabe-se hoje, muito do futuro do planeta e da qualidade de vida passa pela abolição de hábitos especistas, como seja ao nível do consumo de animais, o qual está associado, na produção, ao aumento da poluição e, também assim, ao aumento de doenças, como sejam as cardiovasculares. Ou seja, se não for pelo aspecto moral – o qual condena a exploração dos animais não-humanos por se tratarem de seres sencientes, isto é, seres com capacidade para sentir dor e prazer – que seja pelo aspecto prático, leia-se, pela preservação da saúde humana e do meio ambiente.
Está mais do que provado – o crescente número de pessoas a nível mundial com essas preocupações atesta-o – que é perfeitamente possível viver, em quantidade e qualidade, sem alimentar o especismo, razão pela qual esse deverá ser um objectivo comum à espécie humana. Isto porque, no fundo, somos todos Animais!
Porque enquanto o Ser Humano não adequar comportamentos respeitando outras espécies, não se respeitará a si próprio, e entrará numa espiral de decadência moral e física sem retrocesso para o planeta.

É que afinal, somos todos animais!

Caso o leitor queira aprofundar esta matéria, deixo aqui uma lista de livros e filmes que poderão contribuir para o esclarecimento: 
Livros: “Manifesto dos animais”, Marc Bekoff – editora estrela polar;
“Os animais têm direitos?”, Pedro Galvão – Dinalivro;
“Escritos sobre uma vida ética”, Peter Singer – Dom Quixote;
“Comer para viver”, Joel Fuhrman – Lua de Papel;
“Comer Animais”, Jonathan Safran Foer – Bertrand Editora;
“Libertação Animal”, Peter Singer – Via óptima;
“Jaulas Vazias”, Tom Regan – Editora Lugano

Filmes/Documentários:
“Food Inc.”; 
“Earthlings”;
“Food Matters”;
“A carne é fraca”
 


Eduardo Freitas Araújo, Vogal do Conselho Local de Almada do PAN in Cidade Informação Regional, Almada, Opinião, 16 de junho de 2014.