O Núcleo de Almada do PAN lamenta profundamente o sucedido no dia 30 de Janeiro de 2011 na estação da Fertagus de Corroios, onde uma cadela foi atropelada por um comboio que entrava na estação.
A Fertagus apresentou como justificação para o sucedido, em comunicado tornado público a 31 de Janeiro, os constrangimentos técnicos que dizem respeito à possibilidade de imobilizar na totalidade um comboio, dificuldade que se traduziu não apenas no atropelamento da cadela mas também na impossibilidade de os dois vigilantes de serviço na estação acederem à linha no sentido de resgatar o animal.
Assim sendo, o Núcleo de Almada do PAN exorta a Fertagus a que, em face do sucedido, estude a viabilidade de desenvolver e/ou aperfeiçoar procedimentos que possam de futuro evitar situações como a que se verificou no passado dia 30 de Janeiro.
Em face de situações como esta, o PAN gostaria ainda de relembrar a necessidade urgente de reformular o estatuto de que os animais gozam na legislação portuguesa, onde são encarados como objectos, interpretação que se estende, de uma forma generalizada, à população portuguesa, reflectindo-se em comportamentos passivos perante situações como a que se viveu no dia 30 em Corroios.
A educação cívica e pedagógica quanto à existência de animais não-humanos sencientes e ao respeito pelos mesmos é um dos grandes desafios do PAN para a sociedade portuguesa no século XXI.
Por aquilo que li de alguém que assistiu ao atropelamento, o mesmo foi deliberado, assim sendo, não compreendo de todo, a vossa políticamente correcta, resposta à Fertagus. Aserverdade aquilo que li, os dois vigilantes deveriam de imediato ser despedidos sem direito a qualquer indeminização, e levados a tribunal pela crueldade demonstrada, e aí severamente punidos.
ResponderEliminarMas infelizmente continuámos num país de brandos costumes, e, onde os valores cívicos foram mandados às urtigas.
Amigo José
ResponderEliminarSe a empresa Fertagus, esclareceu num comunicado que tecnicamente, não foi possível evitar o acidente.
O que mais o José, pensa que se pode fazer?
Pedir o despedimento de pessoas, por motivos técnicos é uma coisa impensável.
Pois o que aconteceu foi lamentável, devemos aprender com isso, e fazer tudo o que está ao nosso alcance para que coisas semelhantes não voltem a acontecer.
Não consigo eu pessoalmente, com as leis que existem em Portugal, ver o que mais pode ser feito.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarCaro José,
ResponderEliminarO PAN está neste momento a averiguar o sucedido e a apurar respondabilidades.
Certamente compreenderá que não poderemos exigir à Fertagus a demissão dos fiscais nem do maquinista, sem que sejam apurados todos os acontecimentos nem ouvidas as testemunhas. Se por um lado condenar pessoas que inflingem actos de crueldade para com outras pessoas é um processo complexo e muitas vezes sem sucesso, imagine quando queremos proteger um animal. Não existe legislação para tal pois aos olhos da nossa legislação os animais são considerados objectos, não tendo portanto quaisquer direitos.
São também estes defeitos enraizados no nosso sistema que o PAN quer corrigir.
Cumprimentos
Cara Celia
ResponderEliminarCompreendo perfeitamente quando diz que é difícil apurar e responsabilizar pessoas que fazem mal a outra pessoas e que por isso é ainda mais difícil responsabilizar quem faz a animais. Mas peço no entanto que não se use isso como desculpa para situações como esta, ou em qualquer outra situação em que temos um ser indefesso a ser maltratado. O facto de isso acontecer não quer dizer que deixemos de lutar.
Claro que o ideal seria que os responsáveis não fossem só despedidos como fizessem serviço comunitário num canil por exemplo. Como isso não vai acontecer temos pelo menos de lutar até alguma coisa lhes acontecer, não podemos deixar isto com apenas um comunicado a dizer basicamente que coitadinhos dos camionistas que não podiam fazer nada, há sempre algo para se fazer quando está uma vida em risco.
Corrijam-me se estiver errada (pois posso ter percebido mal o que li) mas um comboio consegue parar, o outro comboio conseguiu abrandar ao ponto de não atropelar a cadela, e se não consegui-se parar como é que para nas estações?
Atentamente
Maria João
Maria João
ResponderEliminarO problema é que não somos especialistas em comboios, por isso não podemos argumentar relação a isso.
Vamos imaginar que o sistema de travagem é automático e depois de accionado não pode ser desactivado, o comboio vai travar calmamente, e se quando o maquinista se apercebeu que existia um animal na linha já não podia fazer nada para evitar o embate. (vamos só imaginar isso).
Será que não estamos a precipitarmos, algum de nós tem conhecimentos técnicos para afirmar que o maquinista poderia travar. ( eu não tenho, por isso é bom primeiro saber como são as coisas na realidade, antes de falar)
Penso que nos estamos a esquecer, que já aconteceu mortes em estações de comboios de pessoas. Umas por suicídio, e outras por estarem a atravessar a linha. E nessa altura ninguém sugeriu que o maquinista poderia ter feito algo mais.
Com isto não estou a dizer que o que aconteceu foi um acidente e ponto final. Bem pelo o contrario, depois do que aconteceu, devemos fazer tudo para saber os motivos todos de isto ter acontecido, principalmente para prevenir que volte a acontecer.
Fica ai alguns Links
http://www.sabado.pt/Multimedia/Videos/Mundo/Comboio-atropela-bebe.aspx?year=2010&month=2
http://videos.sapo.pt/RHLPhapNYQPoot8Pud5z
http://videos.sapo.pt/RtEEVZg1z3U2zMHv46zl
http://tv1.rtp.pt/noticias/?article=354967&headline=20&tm=7&visual=9
http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2010/6/comboio-circulava-a-mais-de-120-km-por-hora-quando-atropelou-as-3-pessoas09-06-2010-212651.htm
Este vídeo mostra que um comboio, mesmo em velocidade reduzida não consegue travar, foi uma sorte o senhor não ter sido atropelado.
http://videos.sapo.pt/oQS6HIuMRRouT8uBUl3V
Boa tarde,
ResponderEliminarPara mim o que se poem em causa não é os tempos de travagem do comboio mas sim a atitude dos fiscais. A morte da cadela poderia ou não ser evitado nunca vamos ter a certeza. O problema foi que os fiscais ainda se riram e gozaram com a situação o que para mim me cria um grande mau estar.
Indo ao encontro do que o Sr. Alexis refere, aqui a questão mais pertinente é precisamente a Moral e Ética, já que a Legal não pode sequer ser referida graças à Legislação Portuguesa!
ResponderEliminarNa questão Moral e Ética os funcionários falharam completamente!
Pelo que sei de pessoas que trabalharam na Fertagus, a empresa sempre promoveu uma política de respeito pela vida e dignidade dos animais e já protegeu e salvou muitos animais que apareceram abandonados nas estações. Sabiam que existe nas instalações do Parque de Material de Coina, por exemplo, um canil que alberga actualmente, seis cães abandonados que são alimentados e tratados.
ResponderEliminarVai haver uma manifestação Sábado em Corroios às 15h
ResponderEliminarhttp://www.facebook.com/event.php?eid=148786181846811&ref=mf
É importante, à parte das reacções emocionais que todos possamos ter ao ver um animal ser atropelado e morto, não nos esquecermos do que está na origem deste problema. Um partido político como o PAN não dverá jamais abandonar uma postura lúcida na análise de qualquer problema e propor uma solução inteligente e eficaz. Em todo o país, em particular em Almada, mais em particular ainda na Charneca da Caparica, onde resido, o problema da imensa quantidade de animais abandonados que circulam pela rua é incrível e absurda. Eu não conheço nenhuma cidade do mundo com mais cães abandonados pelas ruas da cidade do que Almada. Naturalmente que os cães têm dificuldade em se movimentarem em cidades com estradas, rotundas e cruzamentos e até electricos cuja linha não tem qualquer protecção. Temo pelos cães, pelas crianças e por todos os animais em geral. Vejo um cão a andar sozinho numa cidade como vejo uma criança. Qualquer acidente pode acontecer a qualquer momento. A energia que esta situação motiva deve ser direccionada para onde o problema deve ser resolvido e não para uma emoção irracional contra alguém envolvido no acidente. O PAN deverá envolver-se num esforço sem medida na resolução deste drama com proporções enormes que é a quantidade incomensurável de animais abandonados que vagueiam por todas as cidades do país, e como disse, em particular em Almada.
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