Pode ser visualizada aqui a minha comunicação
pública dessa desfiliação.
Esta terá sido uma das decisões
mais difíceis que já tomei em toda a minha vida, pois desde sempre fui uma
pessoa muito voltada para o combate às injustiças, à fraude, à deslealdade, à
mentira e a todas as formas de descriminação e exploração que se acometem sobre
aqueles que estão em minoria, em situações desfavoráveis e não têm a
possibilidade de por si só terem o direito básico à sua liberdade, à protecção
e ao principio de vida.
Quando abracei este projecto em
2009, encontrei uma forma de colocar em prática o combate a tudo aquilo que
sempre abominei, julgando eu que com as pessoas certas esse sonho poderia ser
tornado uma realidade.
Apesar de nesse percurso ter
conhecido pessoas genuínas cujo sonho era o mesmo que o meu, cruzei-me também
com pessoas com agendas pessoais escondidas, mas pior, cruzei-me com pessoas
desleais e falaciosas, as quais um dia considerei amigas!
Todos os que acompanharam o meu
percurso neste partido, sabem que fui uma das pessoas que mais deu de si para
que o PAN um dia se tornasse realidade, sacrificando toda a minha profissional,
pessoal, social e até familiar! Coloquei inclusive em risco a minha saúde por
trabalhar diariamente 20 horas/dia, e nalgumas situações cheguei a trabalhar 24
horas diárias, passando dias sem dormir. O esforço sobre-humano que fiz para
conseguir garantir que em 2011 o PAN fosse a Eleições Legislativas custou-me a
saúde e sofri de uma trombose. Mesmo assim e pelas causas que defendo,
acreditava que nenhum esforço da minha parte era em vão, pois os que sofrem não
podem esperar.
Mas como nem apenas de sonhos
vive o homem, quando a corrente dominante é altamente corrupta e não nos fundimos
com a mesma, apenas existe um caminho: não nos deixarmos arrastar nessa
corrente e seguir o nosso caminho de forma a nos mantermos íntegros, para que
as nossas causas do coração não sejam corrompidas e a nossa essência não se
dissipe com ela. Se um dia o PAN existiu para defender a causa animal e a causa ambiental, agora garantidamente já não terá esse objectivo. Mas esta hipótese será confirmada a seu tempo, nomeadamente após as eleições legislativas.
A partir daqui deveria dar-se inicio ao processo de transferência da pasta do PAN Almada, mas pelo meio, dia 02/03/2015, fui submetida a uma cirurgia que teve implicações pós operatórias impossibilitando-me de cumprir o prazo inexequível que foi-me dado para a passagem de toda a pasta que tive em meu poder durante 7 anos.
A minha saúde nos últimos meses também não me tem facilitado a vida, tal como o desafio que é a minha vida profissional, reforçando a decisão de me afastar daquele que foi em tempos um sonho.
Durante 5 anos usei o meu nº de
telemóvel pessoal ao serviço do PAN Nacional e do PAN Almada, e
durante 2 anos fui detentora de um nº de telemóvel para usar ao serviço do
PAN Almada, 24/7:
- Durante 7 anos, estive ao
serviço do PAN Nacional e do PAN Almada para receber chamadas telefónicas
durante 24/7.
- Em 7 anos não tive fins de semana, feriados, ou noites tranquilas. Este serviço implicava receber chamadas a todas as horas (inclusive de madrugada) e em qualquer dia da semana, de forma a dar resposta a todas as solicitações de ajuda que nos chegavam.
- Nestes 7 anos tive que tolerar muitos comportamentos de incompreensão por parte de algumas pessoas que me exigiam que tomasse diligências ao nível do socorrismo, entre tantas outras, quando me era humanamente dar resposta a todas as solicitações.
- Para poder usar este nº do PAN tive que comprar um telemóvel com o meu dinheiro - para não sobrecarregar a conta do PAN Almada.
- Durante os anos da utilização deste número nunca os restantes membros do PAN Almada aceitaram fazer 'turnos' semanais ou mensais, pois isso implicaria total disponibilidade, ficando apenas eu incumbida desta responsabilidade.
- Em 7 anos não tive fins de semana, feriados, ou noites tranquilas. Este serviço implicava receber chamadas a todas as horas (inclusive de madrugada) e em qualquer dia da semana, de forma a dar resposta a todas as solicitações de ajuda que nos chegavam.
- Nestes 7 anos tive que tolerar muitos comportamentos de incompreensão por parte de algumas pessoas que me exigiam que tomasse diligências ao nível do socorrismo, entre tantas outras, quando me era humanamente dar resposta a todas as solicitações.
- Para poder usar este nº do PAN tive que comprar um telemóvel com o meu dinheiro - para não sobrecarregar a conta do PAN Almada.
- Durante os anos da utilização deste número nunca os restantes membros do PAN Almada aceitaram fazer 'turnos' semanais ou mensais, pois isso implicaria total disponibilidade, ficando apenas eu incumbida desta responsabilidade.
Há dias fui convidada para estar presente na entrega de assinaturas para a constituição de um novo partido, o qual pretende lutar contra tudo aquilo que está errado no nosso País. Por visualizar nos membros que o constituem uma grande vontade de mudança do nosso paradigma antropocêntrico, aceitei esse convite que muito honrei, e no dia 25/03/2015 marquei presença no Tribunal Constitucional. Esta minha acção serviu também para reforçar a minha indignação com tudo o que se passa em torno da esfera política, onde o PAN não é uma excepção apenas e somente pelas pessoas que o constituem actualmente.
Por coincidência, imediatamente no dia seguinte a esta acção os actuais três membros do Comissariado do PAN Almada precipitaram-se a cancelar o cartão telefónico que estava em meu poder sem que por cortesia mo comunicassem previamente sequer. Esta acção, segundo o Durval Salema, foi necessária porque não dei resposta em tempo 'útil' reforçando ainda que não viram qualquer constrangimento nessa acção, pois tratando-se agora de um nº pertencente ao PAN Almada não deveria ter associados contactos pessoais e portanto não requeria qualquer contacto prévio.
É isto uma equipa com moral e com valores de ética supostamente? Não creio, e este comportamento deixa-me a pensar se afinal a PIDE ainda por cá anda!
É isto uma equipa com moral e com valores de ética supostamente? Não creio, e este comportamento deixa-me a pensar se afinal a PIDE ainda por cá anda!
Desta experiência, ficam 3 regras
de ouro para quem quer vingar nesta sociedade não olhando aos meios para obter
os seus fins:
1 - Não atirar com a toalha ao
chão, pois esse vai estremecer! Como não se
pode pensar contra a corrente dominante, não merecemos pertencer ao clube e
rapidamente nos tornamos alvos para abater.
2 - Usar e abusar de todos
aqueles que estão ao nosso redor desde que tenham alguma mais-valia para a
concretização dos nossos objectivos! É que trabalhar a
sério é apenas para alguns, os restantes apenas recolhem para si o mérito do
nada que fizeram.
3 - Não dar poder a quem não o sabe utilizar sabiamente! Na primeira oportunidade que tiverem irão revelar a sua verdadeira e inóspita personalidade, prejudicando todos aqueles que um dia lhes deram a mão e tudo fizeram para ajudar.
3 - Não dar poder a quem não o sabe utilizar sabiamente! Na primeira oportunidade que tiverem irão revelar a sua verdadeira e inóspita personalidade, prejudicando todos aqueles que um dia lhes deram a mão e tudo fizeram para ajudar.
Mentes mesquinhas têm
comportamentos que se coadunam, e se o PAN afinal é isto no seu todo, então
posso afirmar com toda a convicção que esta é uma das maiores fraudes
eleitorais da história portuguesa.
Manifesto aqui o meu
repúdio a alguns dos meus ex-colegas do PAN Almada que integram agora o
Comissariado de Almada e Seixal, os quais um dia julguei serem dignos da minha
amizade, lealdade e dedicação. Estas pessoas mancharam rudemente a sua imagem comprovando
que afinal nada mais são que umas marionetas nas mãos de outros tantos sedentos
de poder, e aproveitaram a sua primeira oportunidade para me esfaquearam a alma
com acções absolutamente incoerentes com os princípios que
supostamente defendem!
O PAN Almada foi durante muitos anos a Ex-libris do PAN, e lamento que também este se tenha afundado nas profundezas obscuras do partido.
Não guardo rancor de ninguém, mas assisto a todos os eventos com mágoa e resiliência pois verifico que alguns dos meus ex-colegas se encontram absolutamente perdidos. Resta-me assim apenas desejar-lhe boa sorte a encontrarem o seu caminho de volta!
Célia Feijão